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Contos de Azrael – relatos com Padre Gonzales 17 – Espectro

Me prontifiquei a fazer parte do grupo de marinheiros do Capitão Robert. No total, embarcamos em 5 e naquela noite sombria, zarpamos no antigo navio “Espectro” com a missão de explorar uma ilha deserta e coletar informações cruciais para a marinha real. Mas se eu soubesse o que encontraria por lá…

Enquanto desembarcavam na costa arenosa, uma atmosfera de inquietude pairava sobre o grupo. A escuridão era sufocante, e uma densa névoa escondeu a ilha de seus olhos. Eles acenderam lanternas e seguiram em frente, com o som das ondas quebrando nas pedras como trilha sonora.

À medida que avançavam, começaram a notar sombras inquietantes se movendo pela periferia de suas visões. Olhavam para os lados, mas nada podiam ver claramente. O vento uivava e os marinheiros começaram a sentir que estavam sendo observados por olhos invisíveis. Algo sinistro estava acontecendo.

Noite após noite, o grupo foi atormentado por pesadelos horrendos. Os marinheiros viam sombras se contorcendo nas paredes de seus quartos, mas quando acendiam as lanternas, as figuras desapareciam. Capitão Roberts tentou manter a moral do grupo, mas sua própria coragem estava desaparecendo rapidamente.

As coisas pioraram quando começaram a encontrar estacas fincadas em diferentes partes do navio, e logo em seguida, começaram a surgir mensagens enigmáticas escritas com sangue nas paredes do navio. “A escuridão nos observa”, dizia uma delas. “Vocês não escaparão”, dizia outra. A tensão a bordo do “Espectro” era palpável.

Uma noite, enquanto todos estavam reunidos na sala de jantar, uma sombra sinistra se materializou diante deles. Era apenas uma silhueta, escura como a noite, com olhos ardentes e um sorriso perverso que vinha de um focinho, que até parecia a boca de algum animal como uma cabra. Os marinheiros tentaram atacar, mas a entidade desapareceu em um redemoinho de sombras.

O medo tomou conta do grupo, e eles decidiram abandonar a ilha amaldiçoada. Enquanto o navio se afastava, puderam ver a silhueta da entidade nas sombras da ilha, observando-os com olhos famintos. O pesadelo estava longe de terminar. Nas primeiras semanas, nada demais aconteceu, achávamos que tínhamos despistado aquela coisa. Mas logo começou a ter pequenas estacas fincadas ao longo do navio, e nisso, percebemos que seja lá o que habitava a ilha, está nos acompanhando nesta viagem.

Hoje temo por minha alma, sem saber se eu voltarei algum dia para casa.

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