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Contos de Azrael – relatos com Padre Gonzales 5

Vilarejo

  • Este relato vem de um manuscrito que data de mais de 1000 anos antes de Cristo.

Uma planície no Oriente Médio, vivia um pequeno povoado, com casas de abade e barro, pequenas com uma porta e uma ou duas janelas, lembravam iglus de barro. Eram bem coladas umas as outras. Cultivavam alguns grãos e frutas e tinham ovelhas e cabras. Lá, vivia um homem (nome não especificado, o chamarei de José), que tinha uma esposa e tinham acabado de descobrir que ela estava grávida. Membros do vilarejo todos ficaram felizes e o parabenizaram.

Ao decorrer das noites, ventos fortes começaram a ser frequentes, as vezes uns uivos e outras vezes rosnados ao longo das noites. Em uma manhã, foram vistas cabras dilaceradas espalhadas no vilarejo. Começaram a suspeitar de ataque de animais, e montaram grupos de caça. Mas nada.

Ainda assim, durante as noites, os uivos permaneciam, em dados momentos, rosnados no meio do vilarejo. Foi um momento de pavor, onde tinham medo de acabar entrando em alguma cabana. Mas na manhã seguinte, ovelhas dilaceras espalhadas pelo vilarejo.

Então, naquela noite armaram uma armadilha, para que conseguissem pegar o animal. Homens com lanças ficaram a espreita encima dos tetos da cabana, para dar suporte as armadilhas.

Ao tardar da noite, os uivos começaram, ainda que distantes. Mas caiu uma forte ventania de areia, dificultava de enxergarem, alguns chegaram a cair, os sortudos caíram para dentro das cabanas. Mas foi no dia seguinte que perceberam que estavam lidando com algo anormal.

Dos relatos dos homens, um jurou ter visto um leão, outro achava que era alguma ave de rapina, e barulhos da língua de serpente também foram ouvidos. Mas as plantações foram atacadas além de um amontoado de cabras empilhados na porta de José. Diante disso, os moradores do vilarejo apavorados, concluíram que era Lamashtu, uma entidade demoníaca que pegava os recém nascidos. Começaram a recorrer as pequenas estatuetas de uma entidade rival.

As noites passavam, o medo aumentava. Os eventos permaneciam e o desesperam aumentava, não sabiam por quanto tempo iriam aguentar, pois os ataques as plantações e aos animais eram frequentes, e o estoque não era farto.

Um dia, um grupo de mercadores apareceu. Um homem desceu pedindo um pouco de água, e pode ver como a situação era complicada. Foi dito de um antigo ritual que poderia afastar esta entidade, e o faria como forma de agradecimento pela hospitalidade. No desespero, era a melhor opção. O grupo era chefiado por uma pessoa mais velha, viajada, seus cabelos já estavam cinzas e sua barba era vasta e uma feição bem marcante.

E a noite caiu, uivo, rosnados, ventos fortes e de repente, vazio.

Um tempo passou, um grupo de soldados passou e no vilarejo, só tinha dois garotos e um bebê. Não se sabe por quanto tempo estavam lá, nem como se alimentaram, foi dado como milagre estarem vivos. Mas não havia nem vestígios de vida além dos 3.

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