Thor Disassembled -

Mais uma vez, os eventos de Ragnarok aqui tem diversos antecedentes. Odin já está morto. A HQ onde isso ocorre é muito boa, e os eventos que se sucedem, também valem muito a leitura. Mas seriam mais de 15 histórias entre a morte de Odin e os eventos de Ragnarok. E os eventos da morte de Odin, tem consequências diretas aqui.

Surtur morreu lá atrás, mas por alguma razão voltou. Thor faz menções a eventos importantes da saga anterior. Saga que é bem grande por sinal. Mas ainda assim, somente lendo essa HQ, não te faz ficar perdido. Até porque a ligação entre esse arco e a saga anterior, é bem rasa. Elas não necessitam uma da outra.

Os eventos de Ragnarok em si, são expandidos, além do que entendemos como Ragnarok de fato. É redefinido dentro de um novo contexto, mas ainda assim, mantem o seu conceito base. Ragnarok é o crepúsculo dos deuses, o apocalipse nórdico. E aqui, não é diferente.

E nesse ponto, é muito bem desenvolvido. Vemos tudo acabando, os lugares sendo destruídos. Temos uma real impressão de que é o fim de tudo. Temos um Thor mais maduro e sábio, ainda assim, perdido. Somos apresentados a um antes de depois, vendo as consequências de tais eventos. Temos uma sensação de que estamos perdendo e temos que nos confortar.

Nessa altura, já nos acostumamos com personagens Marvel e DC morrendo e voltando. Se não fosse por isso, poderíamos acreditar que seria o fim de Thor dentro do universo Marvel de fato. Mas temos um final satisfatório, que reserva surpresas e nos deixa curiosos com o que estar por vim. E um ar de “amanhã, é um novo dia”.

A arte é incrível. A composição enriquece bem a narrativa. Inclusive com momentos muito bem estruturados, que nos permite comprar bem os sentimentos dos personagens em dados momentos. O que gera empatia.

Alguns personagens aparecem com seus designs clássicos. No geral, tem design bem interessante. Com destaque ao visual final do Thor, que rivaliza com o visual dele de força Odin da saga anterior.

Essa HQ explora muitos elementos da mitologia nórdica. Mas ao contrário da anterior, não temos alguém nos situando sobre tudo. Mas nos desperta curiosidade sobre.