(Kenshin, o Andarilho – Crônicas de um Espadachim da Era Meiji) é uma série de mangá criado pelo artista Nobuhiro Watsuki e posteriormente adaptado em anime (com 6 OVAs) e agora para filme. A série, ambientada nos primeiros anos da Era Meiji no Japão, conta a história de Kenshin Himura um pacifico espadachim que prometeu nunca mais matar. Entretanto, seu passado como retalhador a serviço da Ishin Shishi fará o jovem Himura brandir novamente sua espada contra velhos e novos inimigos.
O anime é bastante fiel ao mangá, tendo apenas algumas mudanças que não costumam fazer muita diferença, mas que algumas fazem, como por exemplo: Na saga de Raijuuta, Youtarou no mangá é desde início discípulo de Raijuuta e seu pai está vivo, inclusive aparecendo na história. Já no anime é um garoto mimado que vive em uma mansão e que perdeu seu pai ainda pequeno. O que a falta do pai no anime, facilita para que o Youtarou veja o papel paterno em Raijuuta, e assim a sua traição pode ter um maior apelo dramático. Mas em sua maioria, são alterações insignificantes, como a ordem de lutas.
As páginas coloridas que tem no mangá são bem suaves, e equilibradas, o que torna gostoso de se ler. Trabalhar com páginas coloridas sempre existe um risco maior em se tornar uma poluição visual do que páginas P&B.
Até o final da saga de Shishio, o anime permanece fiel (sem contar os fillers) , no entanto, ao final da saga, o mangá segue caminho diferente do anime, diferenciação que aconteceu porque ao término da saga de Shishio, Nobuhiro Watsuki parou por uns tempos com a história e enquanto isso o anime alcançou o mangá. E os produtores, sem outra saída, criaram suas próprias histórias. Watsuki ainda pretendia criar a saga de Hokkaido logo depois da saga de Enishi, porém desistiu disso.
Já o mangá, temos a saga de Enishi, logo após os eventos de Shishio.
Pra muitos o melhor arco. aqui, kenshin se depara com o seu passado, as cenas do passado são mostradas nos OVAs de 1 ao 4, porém, de uma forma mais séria e menos caricata se comparado ao mangá, ainda que mesmo no mangá, Kenshin era um garoto sem muito senso de humor. Entendemos quem era o membro gordo do Juppongatana, o Iwanbō, que no anime simplesmente some sem nunca mais dar as caras. Vimos o crescimento de Yahiko. Os OVAs 5 e 6, mostram um pouco deste arco, mas na verdade, resumem tudo do mangá e no final, acaba sendo meio descartável, já que lembra mais aqueles episódios que mostram tudo que aconteceu até então que geralmente se pula.
Mais tarde foram lançados os OVAs, nos quais os 4 primeiros contam o passado de Battousai, que no mangá é mostrado através de flashbacks na última saga. Os OVAs assumem um estilo mais realista. Kenshin tem uma personalidade mais fria do que no mangá (mesmo que no mangá mostre Kenshin mais frio em seu passado, ainda é menos que no OVA), também devido ao traço menos caricato, ao contrário do OVA. Já os 2 últimos, é uma compilação do que ocorre no anime, e mostra o final de Kenshin. A compilação teve umas diferenças e o final foi um tanto quanto melodramático. Kenshin estava muito depressivo, o que não agradou muito os fãs.
Em 2012 foi lançado o filme, com o ator Takeru Satoh (já foi um Kamer Raider na série), como o Kenshin.
O filme possui muitas alterações, mas temos que contar que são 2 horas apenas, para se contar muita história. Devido a isso muitos personagens teriam que ser removidos. A personalidade de Kenshin está menos caricata do que no anime/mangá e menos séria do que no OVA, sendo um meio termo. O filme mostra o que seria o inicio da primeira saga, até onde supostamente Kenshin enfrentaria o Aoshi. No entanto o último desafio foi Udō Jin-e. Nos lugares onde Han’nya e Shikijō, estão Gein e Banjin Inui respectivamente. Eles possuem uma certa similaridade, portanto é fácil de perceber quem tomaria o lugar de quem no filme.
Gein e Banjin Inui, aparecem na última saga. Banjin e Shikijo não são muito diferentes entre si, com exceção de que Banjin tem um passado relacionado ao Kenshin, mas Gein está claramente parecendo mais com Han’nya do que com o próprio Gein dos mangás. Saga que junto a de Shishio, possuem grande quantidade de personagens, o que provavelmente iria haver cortes mesmo. E é curioso pensar o que acontecerá com Aoshi, que não dá as caras no filme e ninguém de seu clã, mesmo sendo de uma saga que supostamente ele pertenceria.
Outra diferença que Saitou aparece desde o inicio, tendo um papel de certa importância. A história ficou bem amarrada, boas atuações (menos da do Yahiko), não deixa pontas soltas, mas é possível uma continuação, que esperamos ver.
Depois temos uma sequência de 2 filmes que mostra a saga de Shishio Makoto. O primeiro filme é bem interessante e fiel, fechando na parte onde o Kenshin é salvo por seu antigo mestre e destaque para a luta de Aoshi vs Onika, muito bem coreografada e filmada. O primeiro filme, segue bem os acontecimentos do mangá e anime, claro, com as devidas mudanças devido a diferença de mídia. Incluindo o fato de kenshin e Aoshi no filme até então nunca haviam se cruzado.
Já o segundo filme, mostra o ataque a Kyoto.
Ai vemos um filme que pareceu muito corrido, a união de Aoshi ao filme também pareceu muito corrido. Mas quem mais sofreu com isso, foi a Juppongatana, os 10 espadachins mais fortes de Shishio. Somente 2 deles tem destaque, o resto passa tão despercebidos, que nem dá para ver se eram dez, e alguns morrem de forma ridícula. O mestre de Kenshin também sofreu mudanças.
No caso, se a mudança é boa ou ruim vai da opinião de cada, aqui é é menor, passa longe de ser encorpado que nem no anime, mas ainda assim, passa um ar de imponência, se deixar até mais que no anime já que não tem o lado caricato. É um mestre muito mais rígido e agressivo. Outro que sofreu mudanças é Shishio, perde um pouco do ar estrategista e calculista. Não que não seja estrategista, mas deixa de ser um personagem frio e calculista pra ser um personagem esquentado com um estilo de luta muito mais agressivo.
Por mais que ele ainda possa ser estrategista, ele parece ser menos que nas outras mídias. Não podemos esquecer do amakakeru ryu no hirameki, o “Kamehamehá” de Samurai X, técnica que no anime é apresentada de forma magnífica, aqui demonstra ser uma técnica realmente poderosa, mas não tem o mesmo impacto que teve no anime. Ainda assim, é um bom filme, com boas lutas e mostra os principais acontecimentos do anime/mangá. Mas talvez, seria melhor dividir em outros 2 filmes.