Tem uma história do Batman que é muito citada ultimamente em diversos canais de mídias, a que ele usa a Hellbat. Mas não pela sua qualidade ou inovação, mas apenas por uma armadura que o Batman usa que o permite bater de frente com Darkside, a Hellbat.
Não entendam mal, uma HQ não precisa chamar a atenção por sua complexidade, inovação e como ela nos faz refletir. Muitas vezes só queremos uma boa história para nos divertir, e as vezes, temos um elemento que acaba por ser marcante por razões digamos “putaqueparíveis”, que empolgam e nos animam. E aqui essa história cumpre bem esse fator. Mas se levar em conta que ela se trata do Batman tentando trazer o seu filho de volta. Podemos dizer que algo fica faltando, algum tipo de impacto.
Ela trabalha bem o lado paternal do Bruce, seja querendo resguardar o corpo e memória de seu filho ou o momento a partir do qual passa a querer traze-lo de volta a vida.
Podemos fazer um paralelo com o quadrinho do retorno do Capuz Vermelho, ou seja, o retorno de Jason Todd.
Aquele quadrinho também tem seus problemas. Principalmente como ele subutiliza ridicularizando o Coringa (e um outro que o Jason não teria capacidade de ficar nível Batman em um confronto) . Elementos do qual a animação consegue contornar muito bem e melhora. Mas lá, o retorno de Jason demonstrou mais impacto naquele universo para nós leitores. Aqui nem tanto, talvez porque já estamos em uma época onde personagens morrem e voltam, já o Jason, por um bom tempo pudemos acreditar que ele havia morrido de vez, assim como Hal Jordan e Barry Allen, ou mesmo os pais de Bruce e o tio de Peter Parker.
Bem, acredito que esses dois últimos ainda não voltaram (ou voltaram também?). De qualquer forma, o elemento desta HQ que mais prende a atenção é a armadura e o retorno de seu filho embora fica longe de passar batido, na verdade é o foco, ainda assim não é tão marcante. Mas convenhamos, uma armadura que bate de frente com Darkside não é pouca coisa.
E por isso a Hellbat deu o que falar!
O design da armadura é muito bem feita, dos artifícios que ela pode usar as variações da capa, a proximidade com o uniforme do Batman do Futuro, o conceito e o elemento que pode causar tensão que é o fato dela sugar a energia vital de Bruce. Embora esse último elemento não foi tão devidamente explorado, mal pareceu dar preocupação ao Batman. Se tem o momento em que o Darkside toma o controle da situação. Mas a gente até esquece da limitação da armadura por sugar a energia vital. No final isso nos é jogado na cara, podemos dizer, mas seria. Embora seria mais interessante mostrar Bruce tendo que correr contra o tempo devido à armadura, mas parece que até ele esqueceu disto. E convenhamos, um golpe que gera um raio poderoso em forma de morcego é meio cafona.
O design de Apokolips é muito interessante e a constante utilização de cores quente cai muito bem para a ambientação. Ainda assim, é uma HQ legal.