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A morte de Robin

 

Já foi dito aqui no site, como os anos 90 marcaram as HQs. Marcaram porque personagens ícones morreram. Entre eles, um que por um bom tempo chegamos a acreditar que jamais voltaria, o Robin.

Isso soa meio estranho na verdade, porque desde que surgiu, nunca deixou te existir um Robin. Na verdade, diferente do Batman, que é o Bruce e trocar a pessoa por trás do manto não dura muito tempo, mesmo quando aparentemente da certo. Ou Superman que é o Clark ou o Homem Aranha que é o Peter Parker mesmo depois de ter surgido o Miles Morales que angariou seu grupo de fãs. Robin está mais para um cargo que carrega um símbolo e que vez ou outra troca de responsável pelo manto.

Portanto aqui se trata de a morte de um Robin, e que ainda assim, foi um dos momentos mais marcantes.

Feita com base em uma votação que futuramente, aparentemente foi sabotada. E que certamente escolheu pela morte do menino prodígio da vez, o Jason Todd.

Coringa fugiu e Jason consegue uma pista sobre o possível paradeiro de sua mãe que até então pensava esta morta. Assim temos dois casos/investigações ocorrendo simultaneamente. A narrativa é bem desenvolvida e cativante, ainda que o plano do Coringa seja algo sem pé nem cabeça. Vindo dele até não é estranho. Contudo, como tudo vai ocorrendo conforme ele quer, parece que o bom senso foge das pessoas que estão envolvidas neste plano.

Mas temos elementos interessantes aqui. Como por exemplo capangas que demonstram um certo ressentimento em acompanhar o Coringa porque ele pode matar um deles sem nenhuma razão aparente. Somente porque deu vontade ou achou divertido. Esse lado imprevisível que os capangas tem medo. Também faz o Coringa ser o maior inimigo do Batman, já que o maior desafio para um detetive e grande estrategista, é aquilo que não pode prever. É o elemento que dá a “graça” ao Coringa, aqui ele foi representado de forma que é sempre legal ve-lo aparecer, ainda que tenhamos que esquecer de tentar ver a lógica de tudo que está acontecendo.

Até que chega o ponto principal. Coringa mata o Robin, e não com uma arma extremamente letal, não um canhão ou com alguma arma mirabolante ou vindo de um ser com super poderes como super força ou raios que saem de alguma parte do corpo.

E sim com um pé de cabra. Um mísero pé de cabra!

E a cena é mostrada de forma não como se ficasse perceptível que foi desferido diversos golpes, mas sim como se tivéssemos vendo os diversos golpes sendo dados. Quadro a quadro e a reação daquela que seria a mãe dele. Pois é seguido de uma explosão.

O momento que chega o Batman ao local, até o momento que acha o corpo, vem um bocado de páginas. Desta forma, entram na mente do Morcego vendo um flashback de tudo, desde quando o Jason virou Robin, com as preocupações do Batman em relação ao seu pupilo, como ele tentou educa-lo, já vamos vendo um certo sentimento de culpa. Temos um flashback mostrando uma relação de pai e filho, onde inclusive o Batman pensa no que poderia ter feito e não fez, até que chega ao corpo de Jason. E o impacto dramático da cena é grande, sendo um dos momentos mais impactantes das HQs.

A partir daí, acompanhamos a fúria de Bruce, ele está “sangue nos oios”, quer matar o Coringa e acabar com isso de vez.

Então que (spoiler) o Coringa vira um embaixador de um país para discursar na ONU e tiveram que chamar o Super Homem para segurar o Batman e diante disso a única reação possível é “Ma o que!!!!!!????? What!!!!! Como assim!!!!” (fim do spoiler) Esse elemento até dá uma graça ao quadrinho.

O que realmente marca aqui, é Jason Todd morto. Em uma época onde a morte dos personagens ainda causavam impacto e pareciam ser definitivos. Se não fosse por isso, talvez seria uma boa história, mas apenas isso, com nada marcante. Até porque pouco tempo depois, surgiu um novo Robin, e anos mais tarde, temos a volta de Jason. E de quebra, temos uma nova morte de Robin que novamente ressuscita. Só que desta vez já era de se esperar

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